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True terror is to wake up one morning and discover that your high school class is running the country.

Futuro do Cuidado by Futuro do Cuidado
17 de julho de 2020
in Notícias
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A Pandemia da COVID-19 atinge a sociedade brasileira no meio de uma crise profunda:

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o mapa da fome voltou a crescer e a cada ano se acentuam as desigualdades sociais e

econômicas. Enfrentamos um avanço do conservadorismo em todas as esferas de poder,

ameaças constantes a direitos conquistados, alguns já consolidados e outros em

consolidação. Neste cenário, o poder corrosivo da pandemia nos serviços de saúde

sexual e reprodutiva toma sua forma mais perversa.

Os povos originários, a população negra, assim como os povos ribeirinhos, de florestas

e das periferias das grandes e médias cidades, não estão nas localidades onde existem os

serviços e equipamentos sociais e públicos. O racismo institucional define quem morre

e quem vive durante a pandemia, ainda mais quando se sobrepõe e interage com o

cenário de violência policial e discriminação que a população negra já vivencia no

Brasil e no mundo.

Dados e informações públicas, do período entre julho e agosto, mostram que a COVID-

19 foi a maior causa de mortes no mundo: mais de 600 mil, superando malária e

homicídio, por exemplo. O número de pessoas infectadas aproxima-se dos 18 milhões.

Dessas, o Brasil já é responsável por mais de 2,5 milhões, com a marca de quase 100

mil óbitos.

Mulheres e meninas são as que mais sofrem o impacto do isolamento e distanciamento

social. Há relatos de aumento entre 30% e 50% dos casos registrados de violência

doméstica e de retardo na procura dos serviços, por medo da contaminação. A

reorganização da rede de atendimento, por medida de proteção ao contágio, tem como

resultado uma situação de extrema vulnerabilidade para as vítimas.

Na Saúde, serviços, leitos e mesmo maternidades inteiras, incluindo os serviços de

atenção ao aborto legal, têm sido reservados para atender pacientes com COVID-19.

Essas medidas provocam, direta e indiretamente, o aumento da mortalidade materna já

verificado por cientistas brasileiras. Gestantes têm chegado em estado grave aos

serviços de atenção ao parto deparando-se, além de tudo, com um déficit significativo

de profissionais, pois o pessoal está sendo remanejado para atender doentes com a

COVID-19 e dar atenção aos casos de saúde mental, pelo aprofundamento de processos

depressivos e síndrome de pânico.

Em paralelo, e agravando este caos, veio a suspensão, pelo Ministério da Saúde, de uma

Nota Técnica na qual especialistas orientavam sobre a importância de preservar as ações

e políticas de atenção e proteção à saúde sexual e reprodutiva, consideradas pela OMS

serviços essenciais durante a pandemia.

Diante desse cenário, se fazem urgentes novas formas e canais de comunicação e de

expressão de afeto, que possam garantir informação segura. Há alguns anos nós, um

grupo de organizações e coletivos feministas, nos organizamos em defesa da vida das

mulheres e pessoas com útero, reafirmando a importância da garantia dos direitos e da

saúde sexual e reprodutiva, fundamentais para superar desigualdades e garantir vida

digna às pessoas. 

Em 2018 ajudamos a construir o Festival pela Vida das Mulheres, em Brasília, à época da Audiência Pública sobre a ADPF 442 (ação que defende a descriminalização do aborto). Foram três dias de programação contínua, com oficinas, debates a artes. Materiais diversos com informação sobre direitos sexuais e reprodutivos foram produzidos e disseminados através de nossos canais de comunicação e por meio de intensa mobilização política no campo feminista desde então.

Neste momento de crise humanitária nos reunimos novamente, desta vez para colocar

no mundo o boletim “Futuro do Cuidado – Justiça Reprodutiva em Tempos de Covid-

19”. A publicação será bimestral e se inaugura com esta edição, que tem o objetivo

alcançar feministas, profissionais de saúde e do direito, e pessoas defensoras dos

Direitos Humanos com informação qualificada, esperando contribuir para enriquecer

sua ação transformadora diante da crise.

Este é um espaço colaborativo que se propõe a cumprir um papel diante da política anti

direitos sexuais e reprodutivos do governo: o de informar, promover o acesso à saúde e

estimular a luta feminista pela justiça reprodutiva.

O Boletim é uma publicação bimestral, convidamos você a explorar nosso site e acessar por aqui todas as edições e muito mais!

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covid19 epidemia feminicidio gravidezprecoce mulheres mulheres negras pandemia violencia domestica

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